Trata-se do compartilhamento do processo de criação “Olhos meus” dirigido por Anamaria Fernandes e que teve como centro trilhar um caminho investigativo para produzir uma obra coreográfica sem que os espectadores façam uso de seus olhos.
Seria possível outras formas de “ver” ou sentir uma criação coreográfica sem o uso dos olhos e até mesmo da audiodescrição? Seria possível criar um espaço de partilha e empatia com o público sem essas formas de recepção de uma obra? Como criar outros visíveis, outros caminhos cinestésicos, outros territórios de produções de sentidos a partir dessa nova abordagem?
Nossa metodologia de trabalho que propomos compartilhar se constitui de investigações sensoriais e estéticas da dança através:
– da energia produzida pela presença dos corpos e pelos movimentos dançantes;
– de visibilidade do movimento por meio da audiodescrição;
– da escuta e criação de sons ambientes e de sons do corpo em movimento;
– das sensações da pele;
– do tato.
Crédits photo: Lucas Braga