Workshop/Oficina Corpo, espaço, paisagem

Quais são os diálogos possíveis entre meu corpo e o espaço?
Qual lugar escolho me colocar, como me coloco, como invisto e sou investido, como me desloco, transformo e sou transformado, como crio territórios de relações moventes com um determinado espaço? O que ele diz? Como ele me toca? Como revelar o espaço através do meu corpo, através do movimento?
Como revelar meu corpo ou o corpo do outro através deste espaço?

Escolher o lugar, modificá-lo de acordo com o que está sendo construído não é apenas uma maneira de questionar a relação entre o corpo, o espaço e a paisagem, mas também de desenvolver uma consciência da escolha de sua colocação e do que esta se abre como percepção.

Este trabalho desenvolve uma escuta particular da anatomia de diferentes lugares urbanos e do significado que pode ser dado a eles pela presença do corpo.
Neste trabalho, o dançarino desenvolve uma consciência observadora e uma consciência ativa que permite explorar a relação do corpo com o espaço e dela fazer surgir novas paisagens.

Como corpos dançantes, aguçamos a sensação da presença em diferentes lugares; ser impregnado, afetado, afetar, aparecer, desaparecer, mudar de escala de presença, aderir. Como um observador, experimentamos a liberdade de escolha de um certo ponto de vista, testemunhamos para em seguida transformar e construir.


Crédito foto: Nicolas Lelièvre